quinta-feira, 25 de agosto de 2011

CONFECÇÃO DE JOGOS NA DIDÁTICA DE CIÊNCIAS

PROFª MARGARET MOCELINI


Sabemos que os jogos e as brincadeiras são elementos muito valiosos no processo de apropriação do conhecimento, são essenciais para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.

Os alunos que são alfabetizados por meio de jogos, desenvolvem-se com maior eficiência, a criança vê e constrói o mundo, pois trabalha com a diversidade cultural e desperta a vontade para aprendê-lo.

Podemos dizer que todo ser humano pode beneficiar-se dos jogos, tanto pelo aspecto lúdico de diversão e prazer, quanto pelo aspecto da aprendizagem.

De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998, p.27), “no ato de brincar, os sinais, os gestos, os objetos, os espaços valem e significam outra coisa daquilo que aparenta ser. Ao brincar as crianças recriam e repensam os acontecimentos que lhe deram origem, sabendo que estão brincando”. Em outras palavras, através do brincar, a criança tem em suas mãos a possibilidade de lidar e estabelecer relações com os outros e com ela mesma. Assim, cabe ao professor perceber que a prática pedagógica deve atender às reais necessidades das crianças, porque desde pequenas, elas apresentam atitudes de interesse em descobrir o mundo que as cerca, e podem realmente construir o conhecimento. Portanto, entendo que com os jogos a criança brincando aprende, por que, então, não a ensinarmos de maneira que ela aprenda melhor?”

O valor pedagógico dos jogos é incontestável, as brincadeiras e os jogos são atividades indispensáveis para o desenvolvimento da criança. É por meio do brincar que ela pensa e reorganiza as situações cognitivas que vivencia. Portanto, os jogos podem ser utilizados pelo professor de forma espontânea ou dirigidos, a fim de propiciar a aprendizagem, tornando-se necessária uma reflexão por parte de todos os sujeitos envolvidos.

Brincar é fonte de lazer, mas é, simultaneamente, fonte de conhecimento.

O jogo e a brincadeira são sempre situações que a criança realiza, constrói e se apropria de conhecimentos das mais diversas ordens. Eles possibilitam, igualmente, a construção de categorias e a ampliação dos conceitos das várias áreas do conhecimento. Nesse aspecto, o brincar assume papel didático e pode ser explorado no processo educativo, uma vez que a aprendizagem geralmente ocorre, quando se problematiza o conhecimento para o aluno. Quando se fala em problematizar, significa colocar, para a criança, uma questão básica que suscite um processo de aprendizagem. Significa apresentar o jogo de forma que ele constitua uma questão real para o educando, um problema a ser solucionado, seja este de natureza lingüística, científica ou estética. Brincar ou jogar, na escola, não é exatamente igual a brincar em outras ocasiões, porque a vida escolar é regida por algumas normas que regulam as ações das pessoas e as interações entre elas e, naturalmente, estas normas estão presentes, também nas atividades diárias da criança.

Desse modo, os jogos são situações em que a criança revela uma maneira própria de ver e pensar o mundo; aprende a se relacionar com os companheiros, a trocar pontos de vista com outras perspectivas possíveis, a raciocinar sobre o dia-a-dia, aprimorar os conceitos científicos, enfim, compreendidos a sua importância, eles podem tornar-se uma atividade pedagógica indispensável à formação de conceitos.








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